sábado, 17 de maio de 2008

Mitos sobre a Visão

Proteja seus olhos sem se preocupar com as lendas sobre a visão
Esquecer os óculos ou ler em movimento são hábitos que geram polêmica

Ler dentro de um carro em movimento faz mal à vista. O que te leva a acreditar na afirmação é que você realmente sente um mal-estar ao tentar realizar a tarefa. Sendo assim, melhor prevenir do que remediar. Entortar os olhos também é uma brincadeira que deve ser evitada, já que a ação pode causar estrabismo, não é mesmo? A verdade é que você está precisando rever seus conceitos quando o assunto é a visão. Alguns mitos rondam os olhos. Abaixo, o oftalmologista Renato Dias desvenda cinco deles. (Não se esconda mais atrás dos óculos).

Mito 1: Leitura em movimento traz problemas à visão
O mal-estar é comum na maioria das pessoas que se aventura a ler dentro de um veículo em movimento. Segundo o oftalmologista Renato Dias, o desconforto acontece porque tem gente mais vulnerável à mudança constante da distância focal, ou seja, à variação da distância entre os olhos e o papel causada pelo movimento do carro. (Descubra se você sofre de labirintite).

Porém, a náusea sentida por tais pessoas não interfere em nada do poder da visão e tampouco provoca descolamento da retina. O especialista garante que a afirmação não passa de crendice popular. (Mantenha seu cardápio longe dos mitos).



Mito 2: Entortar os olhos causa estrabismo
A brincadeira de criança costuma ser boicotada pelos pais, preocupados com as conseqüências à visão dos pequenos. Mais uma bobagem, de acordo com Renato. Ele diz que a musculatura externa dos olhos é usada constantemente nos movimentos para enxergar de um lado para o outro. Por isso, o exercício de aproximar as pupilasnão oferece riscos.

Mito 3: Deixar de usar os óculos força a vista e aumenta o grau dos óculos
Quando o problema de visão já foi diagnosticado e os óculos são recomendados, logicamente que seu uso é necessário. No entanto, esquecer o acessório para realizar tarefas que exigem bastante da vista, como ler ou assistir à televisão, não faz com que o grau dos óculos aumente. A pessoa pode sentir um desconforto maior e sintomas como dor de cabeça, ardor nos olhos, vermelhidão ocular e lacrimejamento. Mas o problema nao se agravará , completa o oftalmo. (Uma bela armação ou a praticidade das lentes?).



Mito 4: Quaisquer óculos de sol podem proteger os olhos da radiação
Engano perigoso, já que lentes escuras provocam a dilatação das pupilas para adaptá-las à menor quantidade de luz, deixando assim, os olhos mais vulneráveis às radiações do sol. Se as lentes não possuem um filtro adequado contra raios ultravioletas A e B, a entrada da radiação no interior dos olhos será mais acentuada em virtude da dilatação pupilar. Conseqüentemente, os danos serão maiores , alerta o especialista.

Ainda de acordo com Renato Dias, vale lembrar que o uso de óculos escuros de qualidade em ambientes externos é primordial para reduzir o risco de desenvolvimento de problemas como pterígio, catarata e degeneração macular. Estes problemas desenvolvem-se lentamente sendo percebidos a longo prazo, após anos de exposição solar , completa.

Mito 5: Assistir à televisão ou ler por horas seguidas faz com que a vista fique cansada
O oftalmologista Renato Dias afirma que não existe relação entre hábitos visuais e o início da presbiopia, a famosa vista cansada. O problema é notado a partir dos 40 anos de idade e caracterizado pela dificuldade em ler de perto. É comum as pessoas que sofrem com a presbiopia sentirem necessidade de afastar o papel para conseguir ler , nota o especialista. Renato informa que a solução é usar óculos de leitura.

Já quem passa horas em frente à TV ou lendo um livro, pode ter um cansaço visual, variando com o tempo de leitura e com a distância do livro ou da televisão. Quando o paciente já é adepto dos óculos por causa de algum problema específico na visão e o grau do acessório não estiver adequado, o cansaço também pode acontecer. No entanto, o mal-estar é diferente do problema que acomete pessoas de meia-idade.

Para driblar o inconveniente, o especialista aconselha a realizar uma higiene visual. Nada mais é que dar intervalos de cinco a 10 minutos a cada hora de leitura ou do uso do computador, por exemplo . Renato explica que a higiene é ainda mais benéfica quando olhamos para uma distância superior a cinco metros, já que assim, há o relaxamento completo da musculatura intra-ocular.

Fonte: Minha Vida
By http//ligeirinhorj.blogspot.com

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Morango para Clarear os Dentes

Dentes brancos e morangos não parecem andar de mãos dadas, mas eles podem clarear o seu sorriso.



1 morango esmagado + meia colher (chá) de fermento em pó(bicarbonato) = a dentes mais brancos !

O segredo deste método de branqueamento caseiro é o ácido málico que atua como adstringente e remove a cor da superfície. Em combinação com fermento, morangos tornam-se limpadores naturais e removem manchas de café, vinho tinto e refrigerantes.

Embora não substitua o branqueamento feito pelo seu dentista esta é uma forma rápida e barata de iluminar seu sorriso - diz Adina Carrel - uma dentista de Nova Yorque "cuidado para não usar o método muito frequentemente pois o ácido pode danificar o esmalte dos seus dentes."

Instruções: esmague um morango e misture-o com o fermento até ligar. Use uma escova macia para espalhar a mistura nos dentes. Deixe por 5 minutos e depois escove cuidadosamente. Enxague-os. O fio dental vai ajudá-lo a livrar-se das sementes de morango. Aplique uma vez por semana.

Fonte: www.health.com
by: http://ligeirinhorj.blogspot.com

sábado, 10 de maio de 2008

O Irã ensina as crianças a odiar !

O regime iraniano está usando livros escolares para incutir o ódio e o fanatismo em crianças de tenra idade.

Foi realizado um estudo por uma equipa de nativos farsi, chefiada pelo Dr. Saeed Paivandi, sendo que este relatório foi baseado em uma avaliação detalhada de 95 obrigatórios manuais escolares utilizados pelos alunos nas classes de até os onze anos de idade.

Segundo o relatório, o objetivo do governo islâmico do Irã é ensinar as crianças do país a discriminar as mulheres e as minorias, para ver os não-muçulmanos com desconfiança, se não desprezo, e para perpetuar a ideologia do regime teocrático.

Irão ensina as crianças a odiar Com estes livros utilizados como propaganda logo no primeiro grau, não é de todo surpreendente que a liberdade e a prosperidade no Irã tem vindo a diminuir desde o golpe de 1979, em que os islamitas radicais assumiram o governo.

Só nos resta esperar que os bons homens e mulheres do Irã estejam em casa, ensinando os seus filhos valores melhores do que o ódio e o martírio.




Fonte: http://www.fortliberty.org/lang/pt/blog/

Rota Comando - O Filme


Para quem não conhece, a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar - a Rota é a Tropa de Elite da Polícia Militar de São Paulo. Guardada as devidas proporções, seria o BOPE paulista.

Por enquanto o longa ainda está no começo da fase das filmagens, mas o marketing está a todo vapor. Já tem site oficial e um blog fazendo o serviço. As promessas são de um filme sobre polícia e violência com todos os ingredientes obrigatórios: perseguição, troca de tiros, morte, prisão, muita ação e polêmica.

A direção e o Roteiro são do estreante Elias Júnior. E a história é baseada no livro Matar ou Morrer, do ex-capitão da Rota e agora deputado estadual de SP, Conte Lopes.

Sinopse

O filme vai falar das principais ocorrências da Rota, contando a trajetória de três criminosos que atuavam na cidade de São Paulo.

O primeiro caso é de como um dos criminoso morreu em confronto com a ROTA. Em uma perseguição a um carro suspeito, os elementos atiraram contra os policiais e nesse confronto acontece sua morte.

Na seqüência há a trajetória de um bandido que veio do Rio de Janeiro para comandar o crime de São Paulo, matando e estuprando. E claro, se deu mal na mão dos boinas negras.

Por último, a história de um traficante que passa a fazer seqüestros por ter seu tráfico neutralizado pela “operação saturação”, da ROTA.

O livro Matar ou Morrer

A trama é baseada no livro Matar ou Morrer, do ex-capitão da Rota e agora deputado estadual de SP, Conte Lopes. Conte é uma espécie de Capitão Nascimento, ou um Chuck Norris da Polícia Militar de São Paulo, uma lenda.

Lançado em 1994, este livro seria resposta a um outro livro, o Rota 66 do Caco Barcellos (lançado em 1992). O Rota 66 traz em um capítulo chamado “Deputado Matador”, numa clara referência à Conte Lopes.

Elenco

O ator que irá encarnar o Cap Conte foi policial por 9 anos e chama-se Mauricio Bonatti. Segundo o jornal A Tarde, o longa conta com 150 atores, sendo 70 principais e 80 figurantes. Nenhum deles é conhecido do grande público e vieram do teatro.

Rota Comando x Tropa de Elite

Como já era de se imaginar, as comparações são inevitáveis. Ambos tiveram um livro que os antecede. O livro Elite da Tropa antecedeu o filme Tropa de Elite e o livro Matar ou Morrer, do Conte Lopes, antecede este filme da Rota. Ambos tem o seu Capitão Chuck Norris: Capitão Nascimento em um e Capitão Conte no outro. Ambos contam a história na visão dos policiais, e por aí vai.

No entanto, se o Tropa de Elite foi orçado em aproximadamente 10 milhões, o Rota Comando é uma produção independente orçado em “apenas” R$ 500 mil. Por enquanto a produção do filme ainda corre atrás de parceria e patrocínio. Salas de cinema, urso de ouro, oscar? Não, o Rota Comando é bem mais modesto. O alvo por enquanto são as locadoras e as lojas especializadas.

Fonte: www.diariodeumpm.net

Direitos Humanos, Políticos e Criminosos


Sobre os Direitos Humanos


A polêmica sobre os direitos humanos passa por problemas de definição. Os "direitos humanos" adquiriram um significado muito restrito adotado por algumas organizações internacionais preocupadas com a violência e a violação dos direitos de qualquer pessoa somente pelo estado e seus agentes, em resposta às atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial que, nas décadas seguintes, foi reforçada pela violência de alguns estados contra seus inimigos políticos internos. Organizações e programas foram criados e essas definições aprofundaram suas raízes. Essas definições limitam o significado original da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 10 de dezembro de 1948. Se concentram no agente da violação, e não na violação, nem na vítima.

A inadequação cresceu e gerou conflitos porque deixa de fora a violência contra o estado e seus agentes, assim como a maior parte do crime e da violência que acontece no Brasil e no mundo, que é feita por indivíduos e por organizações fora do estado. Deriva de um conceito arcaico e eurocêntrico de estado. Nela, que deu origem ao conhecido binômio "estado e indivíduo", cada um no seu lugar e nada no meio, não há espaço para organizações não públicas, independentemente de tamanho e importância, e crimes cometidos, violentos ou não. É uma visão que começou limitada no espaço e que parou no tempo.

No último século cresceram muito organizações intermediárias que superam, em tamanho, muitos estados e que também violam direitos humanos. Empresas como a Microsoft,com ativos superiores à soma dos PIBs de vários países latino-americanos, não encontram lugar nas teorias arcaicas da política, que dizer do estado. Elas produzem bens e serviços, contribuem para o desenvolvimento e, às vezes, violam direitos humanos e matam. A Union Carbide, uma grande multinacional, causou um desastre em Bophal, na Índia, em dezembro de 1984, quando uma fábrica subsidiária de pesticidas liberou 40 toneladas de gás tóxico que mataram entre três mil (dados confirmados, apenas) e mais de 15 mil (outra estimativa). Houve irresponsabilidade culposa: meses antes, cientistas da própria empresa alertaram para o risco de uma tragédia quase idêntica à que ocorreu; três anos antes, uma equipe de cientistas americanos também alertara sobre a ameaça de uma reação fora de controle na área de armazenagem. As mortes foram da ordem de grandeza da causada pelos ataques às Torres Gêmeas. Na definição arcaica, não é uma questão de direitos humanos. Então, o que é?

Empresas e sindicatos não são politicamente neutras e tanto as nacionais quanto as multinacionais participam da política de qualquer país, às vezes ilegalmente. Há, hoje, evidência sobre a participação da ITT no complot para desestabilizar e derrubar Allende. Sua contribuição manteve caminhoneiros e ferroviários em casa, sem trabalhar, contribuindo para a "crise do desabastecimento". A junção entre o público e o privado, às vezes, passa por pessoas. Há limites nada claros entre o público e o privado: John McCone, membro da diretoria da ITT tinha comandado a CIA e serviu como ponte entre a empresa e a agência, coordenando os esforços para impedir a
eleição de Allende e, depois, para derrubá-lo.

Há empresas cujos lucros superam o PIB de vários estados. Em 2006, os da Exxon Mobil,de 36 bilhões de dólares, foram maiores do que o PIB do Paraguai e os da Royal Dutch Shell, de 25 bilhões, superaram o do Uruguai. Algumas empresas empregam muito mais do que alguns estados. A Wal-Mart, em 2005, empregava um milhão e oitocentas mil pessoas, mais do que toda a população economicamente ativa adulta do Paraguai. Uma só empresa emprega mais do que um país. Todas tem segurança, própria e/ou terceirizada, tem seus espiões e punem funcionários. Só não tem, formalmente, território. Tecnicamente, não podem violar direitos humanos. Mas violam

A visão simplista "estado e indivíduo" exclui organizações poderosas entre os dois. É irreal e errada. A ênfase deriva de supostos arcaicos que forçam uma coincidência artificial entre os limites formais da geografia política e os do exercício efetivo do poder. Em todas as regiões, particularmente no Terceiro Mundo, há territórios que estão fora do controle do estado. Em alguns países com fortes antagonismos tribais, há áreas sob o controle de forças dissidentes – em alguns casos, por décadas. Há formas de organização política que controlam espaços formalmente sob a jurisdição do "estado nacional". As FARC são um exemplo. Manter a ficção da geografia política formal impede considerar os crimes e as violências cometidos por essas organizações como violações dos direitos humanos.


Não são apenas organizações políticas que podem ocupar espaços dentro da geografia de um estado. As próprias FARC são, cada vez menos, uma organização política e revolucionária e, cada vez mais, uma organização de traficantes, o mesmo se aplicando às organizações de para-militares, opostas às FARC. O mundo se confronta com ações muito violentas de organizações terroristas, como a Al Qaeda. Embora sejam organizações hierárquicas com ambições político-religiosas, algumas das quais atuam em vários países, tão pouco podem violar direitos humanos. Por definição. Nações deixadas sem estado, graças a decisões do imperialismo europeu, como os curdos, e outras, graças à opressão de um estado, como os chechenos,praticam atos de terrorismo. São nações, com uma organização, que lutam por um estado que não existe, cometem e sofrem crimes e violências, que, não obstante, só são violações de direitos humanos quando elas as sofrem e não quando elas as executam. Por essa definição arcaica. Não são, apenas, organizações políticas que controlam áreas formalmente dentro dos limites de um estado. Organizações criminais também o fazem e, da Colômbia ao Afeganistão é difícil dizer onde termina o político e começa o criminal. Em menor escala, o mesmo se observa dentro de áreas urbanas, quando organizações criminosas, sejam traficantes ou milícias, exercem certo controle e violam direitos da população residente.

Os defensore s dos direitos humanos são freqüentemente acusados de simpatizar com a bandidagem, hostilizando a polícia. Não é verdade. Trabalham coerentemente dentro de uma definição de direitos humanos, essa, sim, atrelada à condição de que o único agente capaz de violá-los é público. Impede que seu excelente trabalho seja mais reconhecido e eficiente. Está na hora de ampliá-la, analisando os direitos humanos como um direito de todos, que podem ser violados por qualquer indivíduo ou organização.

Gláucio Ary Dillon Soares
Fonte: O Globo 24/02/2008

domingo, 4 de maio de 2008

Qualidades Medicinais do Vinho


Getty

A incidência de doenças cardíacas entre os franceses é significativamente mais baixa do que entre americanos e ingleses. Há muito tempo sabemos dessa estatística, mas foi em 1992 que o médico Serge Reinaud publicou um interessante trabalho na revista Lancet, com suas conclusões a respeito do comportamento do francês à mesa. Apesar de os gauleses comerem fígado gordo de ganso, usarem muita manteiga, adorarem uma costela de carneiro, e se deliciarem com batatas fritas, nunca apresentaram altos índices de doenças do coração em comparação aos nervosos, apressados e agitados americanos.

Ainda de acordo com a pesquisa de Reinaud, os franceses, italianos, portugueses e espanhóis (todos tradicionais bebedores de vinho tinto, assim como os franceses) apresentavam índice de mortalidade por infarto de miocárdio quatro vezes menor que os anglo-saxões, calculando-se o número de eventos cardíacos por grupo de 100.000 habitantes de cada país. O trabalho causou um certo espanto na União Européia, pois os alemães e austríacos, que sempre preferiram o vinho branco, não pareciam se beneficiar das excelentes qualidades medicinais e protetoras do vinho tinto do grupo do Mediterrâneo. A chave do segredo, portanto, estava no consumo do vinho tinto de forma regular durante as refeições.

A propriedade miraculosa do vinho

Só em 2006, no entanto, é que tomamos conhecimento de que existe no vinho tinto um produto químico, de nome complicado, chamado resveratrol (para facilitar vamos abreviar para restrol). Esta substância já era conhecida pelos botânicos e pertencem ao grupo dos flavonóides. São elas que dão ao vinho nuances de cor, sabores especiais, sensações gustativas de adstringência e aromas. Estes flavonóides têm, em geral, no ser humano, propriedades vaso-dilatadoras e antioxidantes. Esta última qualidade é importante porque todas nossas células do corpo, em suas funções específicas, consomem energia, produzem agentes químicos e hormônios, liberam calor, mas ficam com resíduos chamados "radicais livres" (o "lixo" das células). O corpo deve ser livrar, rapidamente, destes radicais livres fazendo uma oxidação neutralizadora.

Daí a vantagem de darmos uma mãozinha ao metabolismo usando oxidantes como os flavonóides do vinho, vitamina C, beta-caroteno, selênio e zinco entre outros. Mas vamos voltar ao resveratrol (ou restrol). O doutor Sinclair, da Universidade de Harvard, EUA, e seus colaboradores começaram a estudar os benéficos efeitos desta molécula. Eles verificaram que a adição de restrol a uma colônia de leveduras (S. Cerevisiae) em contínuo crescimento aumentava em 70% o tempo de vida útil destes fungos. Admirados, os pesquisadores tentaram verificar o efeito do restrol em um conhecido verme (C. elegans) e constataram que a adição diária do produto à alimentação do animal, aumentava a longevidade do C. elegans. Outros pesquisadores notaram que o restrol aumenta em 30% o tempo de vida da famosa mosca-da-fruta (Drosófila). Por aí se constata que esta maravilhosa molécula química pode aumentar o tempo de vida de seres vivos, pelo menos em estudos laboratoriais.

O efeito salutar do vinho na área cardiovascular

Há muito tempo os médicos reconhecem que a inflamação crônica de artérias, com depósito de colesterol, induz doenças graves tanto no coração (infarto do miocárdio), como na área cerebral (acidente vascular cerebral). Este entupimento de importantes artérias depende de vários fatores conhecidos: obesidade de longa duração, hábito de fumar, pressão alta, presença de diabetes não controlado e sedentarismo. A artereosclerose e suas conseqüências a longo prazo é a mais evidente e freqüente causa de óbito em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Como reduzir o avanço das alterações físico-químicas que levam a este "engrossamento" de artérias? Existem boas provas científicas de que os flavonóides podem diminuir a formação de ateromas (placas dentro de artérias).

Em países nos quais a população toma vinho tinto regularmente existe menor mortalidade por doenças cardíacas causadas pelo entupimento de artérias. Um estudo realizado em 13.000 pessoas adultas mostrou que outras bebidas alcoólicas não possuem esta propriedade, ou seja, somente o vinho tinto, em doses moderadas (cerca de 2 copos por refeição principal) mostra efeito benéfico na redução do infarto de miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. Outros cinco estudos populacionais, em diferentes países (Estados Unidos e União Européia) confirmam este fenômeno. Para finalizar um estudo publicado na revista Circulation revela que a dieta do Mediterrâneo (peixe, frutas, vegetais, grãos e vinho tinto), comparativamente à tradicional dieta norte-americana (hambúrgueres, batatas fritas, salgadinhos e pizza), reduz em 70% o risco de doenças coronarianas em período de observação de 4 a 5 anos.

O resveratrol não está presente em todos os vinhos

É evidente que os benefícios do vinho são diretamente relacionados à concentração do resveratrol no líquido final oferecido ao consumidor. Os enólogos descobriram que esta substância química é uma defesa da uva a agentes agressivos como fungos. Tudo indica que o resveratrol está em maior concentração em vinhos produzidos a partir de uvas Pinot Noir e Merlot. Estas uvas com casca mais fina são mais suscetíveis de serem atacadas por fungos. O resveratrol produzido, por sua vez, protege a uva do ataque fúngico. Decorre deste fato que vinhos de uva Pinot Noir e Merlot terem maior concentração deste maravilhoso elemento químico (resveratrol).

E os vinhos brancos? Geralmente não contém o restrol, mas alguns enólogos obtiveram vinho branco com cerca de 40% dos flavonóides do vinho tinto, simplesmente deixando o suco de uva recém-fermentado em contato com as cascas por um certo tempo. Já é um bom começo para quem gosta de vinho branco. Mas tinto ou branco, o consumo moderado de vinho faz bem à saúde, sem deixar de lado, é óbvio, uma alimentação saudável e o exercício físico.

Fonte: www.veja.com.br/obesus