quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Micos Tecnológicos do Ano



Todo final de ano é a mesma coisa: listas e mais listas dos “10 melhores games”, “10 produtos mais inovadores”, “10 sites mais acessados”. Pois nem só de sucessos vive o mundo da tecnologia. Steve Jobs e companhia também pisaram na bola em 2010. Tem de tudo: “matadores de iPhone” que morreram em poucos meses, celular com problema de antena, rede social às moscas, bug de antivírus que fechou lojas e muito mais. Para quem não viu ou já apagou da memória, aqui vai uma lista de fatos que empresas como Apple, Microsoft e Google gostariam de esquecer:

Celular Kin: um grande fiasco da Microsoft

Depois de divulgar um lucro de 4,52 bilhões de dólares no segundo trimestre do ano, a Microsoft teve que engolir um grande sapo. Isso porque o Kin, smartphone voltado para redes sociais e lançado pela empresa em maio, gerou prejuízos de 240 milhões de dólares à companhia. O modelo, que tinha teclado apertado e poucos softwares, vendeu pouco mais de 9,7 mil unidades, durou apenas seis semanas nas prateleiras das lojas nos EUA e foi tirado de circulação, em um dos maiores fiascos da história da empresa.

Kin: smartphone para redes sociais durou pouco

Antena do iPhone 4
O iPhone 4 é um sucesso de vendas, com 13,5 milhões de equipamentos comercializados só no terceiro trimestre de 2010. Mas isso não livrou a Apple de passar por uma saia justíssima em 2010. Logo após o lançamento do iPhone 4 nos Estados Unidos, surgiram centenas de queixas na Internet de que o aparelho “perdia o sinal” quando segurado de uma determinada maneira. O caso virou motivo de piada. Tanto que um site criou a “iHand”, um acessório fictício que serviria para segurar da maneira correta o aparelho. E teve gente usando fita isolante para driblar a falha! A Apple admitiu que havia problemas com relação à “exibição do sinal captado” e anunciou a oferta de cases gratuitos como solução em vários países – mas os brasileiros não tiveram esse benefício...

iHand: mãozinha mecânica para segurar o iPhone 4

Google Buzz não decolou
Em fevereiro, a poderosa Google anunciou Buzz, sua ferramenta de mensagens integrada ao Gmail. Era para ser algo melhor que o Twitter. Com ela, os usuários poderiam compartilhar links de notícias, imagens, vídeos, mensagens e comentários. O recurso teve problemas com a privacidade dos usuários, revelando dados confidenciais, além de baixa aceitação. Resultado: fracassou.

Deu pau no antivírus!
Em abril, uma falha na atualização do antivírus da McAfee, enviada para administradores de redes, fez com que arquivos essenciais de computadores fossem colocados em quarentena e que máquinas com Windows XP entrassem em pane, com um processo de reboot (desligar e ligar) sem fim. O problema enfureceu usuários, que publicaram mensagens iradas na página da McAfee de suporte, além de tumultuar a vida de várias empresas. Na Austrália, uma rede de supermercados teve que fechar 14 unidades por conta da falha.

Problemas de privacidade no Facebook
Ok, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, é a “personalidade do ano” da Time, e seu serviço de rede social não para de crescer (já tem mais de 500 milhões de assinantes). Mas os problemas de privacidade enfrentados pelos usuários em 2010 foram tantos que geraram até ações na Justiça contra a empresa. O serviço foi acusado em várias oportunidades de não proteger as informações dos usuários. Os responsáveis pelo Facebook admitiram ter problemas e adotaram medidas para minimizar a questão. Será que a história vai se repetir em 2011?

Site do MEC vaza dados do Enem
Realmente, este não foi um ano bom nem para quem organiza, nem para quem precisou prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Além dos erros encontrados nas provas, o Ministério da Educação ainda teve que admitir um grande vazamento de dados de 11,7 milhões de estudantes que se inscreveram no exame, entre 2007 e 2009. Informações (que deveriam ser acessadas apenas com senha) como o nome do aluno, o número da inscrição, a carteira de identidade, o CPF e o nome completo da mãe do candidato ficaram expostas no site da entidade em agosto.

Ping não pega
A Google não foi a única empresa a criar uma rede social que quase ninguém usa. Apresentada por Steve Jobs em setembro como uma comunidade para quem gosta de música, a Ping chegou com um sistema pouco eficiente para achar amigos, restrita ao iTunes ou dispositivos com o sistema operacional da Apple. Resultado: muita gente nem sabe que ela existe.

Ping: rede social para amantes da música

Google Wave foi uma marolinha…
A ideia era ambiciosa: revolucionar a Internet, unificando várias plataformas, como e-mail, mensagens instantâneas e compartilhamento de arquivos. Mas a Google Wave, ferramenta para colaboração da Google lançada em maio de 2010 com barulho, não se transformou em uma onda (no máximo, uma marolinha…). Muita gente não entendia o que ela era ou muito menos o que fazer com essa ferramenta. Diante disso, restou à empresa admitir o fracasso e abortar o projeto poucos meses depois.

A baleia domina o Twitter
Todo mundo que usa com freqüência o Twitter, popular microblog, já viu a simpática mensagem que exibe uma baleia. Quando ela aparece, é sinal de que o sistema está com problemas. E em 2010 a baleia foi figura constante. Além de panes freqüentes que impediam os usuários de trocar mensagens, o serviço também permitiu a disseminação de vírus (duas vezes em uma única semana), infectando milhares de usuários.

Twitter: baleia e vírus

Courier, o breve
Previsto para a segunda metade do ano, o tablet Courier, da Microsoft, chegaria ao mercado para brigar com o iPad, da Apple. Teria medidas semelhantes às de um livro, duas telas de sete polegadas, câmera e conexão Wi-Fi, além de tela sensível ao toque. Mas, em abril, a companhia já enterrou o projeto. Agora a Microsoft trabalha em uma versão do sistema operacional para tablets que deve ser apresentada no começo de 2011.


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