terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Médico e Serial Killer



Profissão: médico e serial killer
Publicado no CORREIO BRAZILIENSE
Brasília, quinta-feira, 10 de janeiro de 2008



Um dos maiores serial killers da história era um médico, o inglês Harold Shipman – médico de Manchester.


Oficialmente, Shipman matou 215 de seus próprios pacientes. Há suspeitas de que foram muitos mais. A primeira parece ter sido Mrs. Eva Lyons, que foi morta por Shipman logo depois dele começar a prática da medicina em West Yorkshire, no Reino Unido. Talvez a última tenha sido Kathleen Grundy, uma viúva de 81 anos, que era uma pessoa ativa e que gozava de boa saúde antes de ser assassinada em 24 de Junho de 1998. Shipman matou impunemente durante 23 anos!



Inicialmente, Shipman foi condenado em janeiro de 2000 por 15 homicídios e por falsificar um testamento; em janeiro de 2004, quatro anos depois, se suicidou.



A história pessoa e familiar de Shipman não é excepcional. Nasceu em 1946 e perdeu a mãe, Vera, quando ele tinha 17. Vera morreu de câncer. Alguns ligam a morte da mãe à obsessão posterior, mas não é pequeno o número de pessoas que perdem a mãe aos 17 ou antes. Dois anos depois, como estudante de Medicina, Shipman engravidou sua namorada, filha de um fazendeiro, casando com ela. Ele tinha 19 anos. Até aí, nada de verdadeiramente excepcional. Alguns anos mais tarde se formou e começou a exercer a profissão.



Os problemas começaram mais tarde. Shipman começou a se drogar e, como médico, tinha fácil acesso a anestésicos injetáveis. Foi descoberto e renunciou ao emprego, mas não à carreira. Mais tarde recebeu uma pena leve de 600 libras pelo uso ilegal de drogas e por ter falsificado receitas. Sua licença não foi cassada. Muitos especulam sobre o que teria e o que não teria acontecido se a lei Inglesa fosse mais dura com usuários e falsificadores. Alguns argumentam que muitas vítimas estariam vivas; outros dizem que não. É impossível saber. Ele não foi impedido de exercer a profissão, recebendo, apenas, uma carta de advertência. Fez um tratamento psiquiátrico e voltou a praticar medicina. Mais uma vez, pessoas se perguntam se ele tivesse sido impedido de praticar a medicina se as vítimas, quase todas suas pacientes, teriam sido poupadas. É difícil responder. O que sabemos é que ele voltou a exercer a medicina em Durham e que matou um grande número de suas pacientes.



Em 1979, Shipman começou sua prática como clínico geral em in Hyde, Greater Manchester. Continuava casado com Primrose com quem já tinha quatro filhos. Foi somente vários anos mais tarde, em 1985, que a polícia investigou a morte de uma das suas pacientes, mas não houve qualquer medida contra ele. Em 1992, Shipman fundou sua clínica particular. Em 1998, um colega expressou preocupações a um policial a respeito das mortes de pacientes de Shipman e a polícia começa, vagarosamente, uma investigação. Porém, até que fosse preso e impedido de matar mais, outras três pessoas morreriam. É possível que a morte de uma ex-prefeita da cidade, paciente de Shipman, tenha contribuído para acelerar a pesquisa policial. Mas talvez tivesse passado em branco, não fosse a ganância desmedida de Shipman que alterou o testamento da ex-prefeita, de maneira a ser o único herdeiro. A filha dela, uma advogada, pediu que o corpo da mãe fosse exumado em 1º de agosto de 1998. Os resultados são claros e Shipman foi acusado de assassinato e de falsificação de documentos (teria $ 350 mil libras a receber). Finalmente, foi preso. Há quem ache que se a vítima não fosse uma ex-prefeita e sua filha uma advogada que Shipman talvez estivesse ainda vivo e matando.



A descoberta de veneno em um corpo gerou uma busca ampliada. Em três dias consecutivos, três corpos foram exumados, inclusive de Bianka Pomfret, de apenas 49 anos, que morrera em Dezembro de 1997. A partir daí, vários corpos das vitimas de Shipman, quase todas ex-pacientes, foram exumados e revelaram sinais de envenenamento. A mulher de Shipman, Primrose, prestou depoimento, mas disse não saber de nada. Os relatórios das primeiras investigações sobre Shipman foram publicados, ficando clara a incompetência e a falta de seriedade de dois policiais que não levantaram suspeitas mesmo diante de evidências claras.



A descoberta de que o maior serial killer da historia da Grã-Bretanha era um médico com um histórico complicado provocou uma onda de críticas ao General Medical Council, cuja missão era defender os pacientes, mas cujo corporativismo o levava a proteger os médicos, inclusive os criminosos – e não os pacientes.



Shipman tinha um claro modus operandi. Muitas de suas vítimas eram mulheres idosas, escolhidas porque viviam sozinhas, o que favorecia que ele aplicasse injeções letais de diamorfina, sua maneira predileta de matá-las. Esse modus operandi parece ter contribuído para que matasse por muito tempo.
É clara a contribuição das autoridades policiais e das organizações médicas para a tragédia, gerando uma chuva de protestos e de processos. O Criminal Injuries Compensation Board já pagou mais de £731,000 em indenizações, mas mais processos continuam a surgir.



Os legisladores ingleses reagiram ao absurdo e os médicos agora devem passar por uma verificação criminal, ter ficha "limpa", o que mostraria que Shipman prescrevia quantidades indevidas de petidina, obrigando os médicos a declararem doações de seus pacientes e a declarar todas as mortes em suas clínicas.



As mulheres serial-killers levam, na média, muito mais tempo até serem descobertas do que os homens. Em parte isso se deve ao seu método preferido, o envenenamento. Mas Shipman superou, de longe, a média do tempo de impunidade das mulheres serial-killers e, para isso, teve ajuda. Como em muitos casos, a impunidade, nossa velha conhecida, pessoas e instituições colaboraram - no caso as associações médicas, devido ao seu corporativismo, e a polícia, devido à sua incompetência e desleixo.



Analisar os serial-killers somente a partir da personalidade do assassino é um erro. Houve muitas falhas institucionais que contribuíram para um número de mortes estimadas hoje em mais de trezentas.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Seriado Tropa de Elite na Globo

Globo leva série de TV de Tropa de Elite

Primeira temporada terá cinco episódios em 2009



Depois de ganhar o Festival de Berlim, dez anos depois da última vitória do Brasil na Berlinale com Central do Brasil, Tropa de Elite define seu futuro como série de TV. Segundo a Folha, a Globo ganhou a concorrência da Record e levou os direitos de adaptação.Serão apenas cinco episódios na primeira temporada de Tropa de Elite, que vai ao ar em 2009. Os realizadores do filme dividirão com a equipe da Globo a responsabilidade sobre a série, em modelo de co-produção. Resta definir o formato - se a trama será uma continuação do filme, prelúdio ou histórias paralelas.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Coma Fast Food e Emagreça

Montamos 5 cardápios que cortam as calorias da sua refeição pela metade

Depois de dar a largada à dieta, o jeito é fugir não só das tentações, mas também das situações sociais onde elas se encontram (encontre aqui uma dieta que inclui os seus alimentos favoritos). Você esquece a cafeteria na esquina do trabalho, deixa para trás as apetitosas refeições rápidas que os restaurantes fast food oferecem e cancela os jantares na sua pizzaria favorita (encontre receitas de pizza light). Por uma semana. Depois disso, a culpa por deixar os amigos no escanteio começa a apertar, as escapadinhas vão se repetindo e, quando percebe, o regime já desceu alçapão abaixo.(veja as conseqüências das escapadinhas)

Pois saiba que tais hábitos não precisam ser totalmente excluídos da sua rotina e nem as delícias têm de sumir do seu cardápio.
(mantenha a dieta nos restaurantes por quilo)

A responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella, montou 5 exemplos de refeições feitas em cafeterias, lanchonetes e pizzarias e provou que é fácil cortar as calorias pela metade mesmo nos restaurantes onde isso pareceria completamente inviável.Faça as escolhas certas e veja o ponteiro da balança descer sem abrir mão de seus prazeres preferidos. A alimentação fora de casa é um hábito inevitável para grande parte da população. Por isso é importante saber adequar o cardápio, sem causar danos à saúde, como o aumento de peso. .
Conhecendo os alimentos oferecidos por essas redes de fast food, basta ter disciplina para optar pelas refeições mais saudáveis e não passar vontade , garante a especialista


Mc Donald´s
1 Big Mac: 504 kcal1 Mc Fritas média: 296 kcal1 Coca-cola (500 ml): 200 kcalTotal de calorias: 1.000 kcal
X
1 Queijo quente: 253 kcal1 Chicken Mc Nuggets (4 unidades): 197 kcal1 Coca-cola light (300 ml): 0 kcalTotal de calorias: 450 Kcal


Habib´s
1 Beirute: 940 kcal1 Pastel de carne: 230 Kcal1 Guaraná (500 ml): 180 KcalTotal de calorias: 1.350 kcal
X
1 quibe frito: 190 Kcal2 esfihas de frango: 280 kcal1 suco de acerola (300 ml): 130 kcalTotal de calorias: 600 kcal


Hot Dog
1 Hot dog completo (salsicha, maionese, ketchup, mostarda, vinagrete, molho de tomate, batata palha): 657 kcal1 Coca-cola (300 ml): 126 kcalTotal de calorias: 783 kcal
X
1 Hot dog com salsicha de frango, vinagrete e molho de tomate: 380 kcal1 Coca-cola light (300 ml): 0 kcalTotal de calorias: 380 kcal


Pizzaria
1 pedaço de pizza de calabresa: 412 kcal1 pedaço de pizza 4 queijos: 432 kcal1 chope claro (240 ml): 120 kcalTotal de calorias: 964 kcal
X
1 pedaço de pizza de mussarela de búfalo com tomate seco e rúcula: 286 kcal1 pedaço de pizza de mussarela com champignon: 249 kcal1 Guaraná diet (300 ml): 0 kcalTotal de calorias: 535 kcal



Rei do Mate
1 xícara grande de chocolate quente: 152 kcal1 sanduíche tost 3 queijos: 486 kcalTotal de calorias: 638 kcal
X
1 xícara pequena de café expresso: 20 kcal1 pão de batata de requeijão: 280 kcalTotal de calorias: 300 kcal


Fonte: http://msn.minhavida.com.br/MostraMateria20.vxlpub?CodMateria=1249

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Vc consegue entender as músicas da "Axé Music"

Com o término do Carnaval, agora que as pessoas estão sóbrias, podem refletir e explicar o significado d

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Entrevista com Eugenio Zaffaroni

Eugenio Raul Zaffaroni é ministro da Suprema Corte Argentina. Ainda, é professor titular e diretor do Departamento de Direito Penal e Criminologia na Universidade de Buenos Aires, doutor honoris causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e vice-presidente da Associação Internacional de Direito Penal.

Suas teorias são amplamente difundidas no Brasil, tendo publicado livros em co-autoria com Pierangeli e com Nilo Batista em português.

É defensor de um pensamendo que define como "realismo marginal jurídico-penal". Muitos o consideram defensor do garantismo, entretanto esta confusação é feita porque até meados da década de oitenta Zaffaroni ainda pensava o Direito Penal como legítimo instrumento de controle social em vista da eficiência das penas criminais para ressocializar o punido.

O emérito penalista concedeu uma excelente entrevista à revista do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Alguns exertos:

"LEMGRUBER: Em sua opinião, por que a esquerda tem sido, em geral, incapaz de afirmar um caminho próprio ao tratar da segurança pública?

ZAFFARONI: A esquerda tem medo, sabe que a imputação da direita a ela é sempre a de ser desordeira e caótica. Por causa disso, para obter o voto da direita, procura providenciar uma imagem de ordem. No final, a esquerda é usada, porque a reclamação por vingança não tem limites e porque a segurança pública jamais pode ser absoluta. Assim é que o trabalhismo inglês fez leis mais repressivas do que os conservadores. Um dia ele (o trabalhismo) vai sair do governo desprestigiado e os conservadores vão dizer - sem dúvida com razão - que as leis repressivas não são deles.

LEMGRUBER: Em várias obras, o senhor demonstra que o sistema penal é seletivo, atingindo determinada categoria de pessoas em função do seu status social. Nessa perspectiva, de que forma é possível conceber, por exemplo, nos países da América Latina, fortemente marcados pela desigualdade social, um modelo de polícia e de sistema penal voltados para a proteção de todos os cidadãos?


ZAFFARONI: O poder punitivo é seletivo por natureza; não existe no mundo um sistema penal que não seja seletivo. É um dado estrutural, não acidental. Por causa disso, o que pode e deve fazer um sistema penal (e o direito penal como contra-poder de contenção) é procurar diminuir o grau da seletividade. Para isso não é solução reprimir ainda mais algumas camadas sociais, ou seja, impor maior repressão, mas diminuir o peso da repressão em geral. As medidas de que falei antes, ou seja, o princípio da oportunidade, as soluções alternativas (reparadoras e restaurativas, não punitivas) nos conflitos sem violência grave seriam uma das vias mais práticas e simples. Não temos um modelo ideal no mundo. Pensar no melhor sistema penal é como perguntar pela melhor guerra. Temos sistemas penais mais ou menos violentos, mais ou menos corruptos, mais ou menos seletivos, mas ideais, nenhum.

LEMGRUBER: Qual a viabilidade da sua aplicação no contexto atual de proliferação de presos e prisões e endurecimento dos regimes de cumprimento das penas?

ZAFFARONI: Não há perspectiva. A prisão do tipo "gaiola" é só isso, uma gaiola. Qual é a perspectiva de um tratamento qualquer num campo de extermínio? Seria como aspirar a uma ideologia de tratamento em Auschwitz!

LEMGRUBER: Muitos estudiosos da criminalidade e da violência acreditam que o impressionante aumento do número de presos em São Paulo estaria por trás da redução da taxa de homicídios no estado, que em cinco anos parece ter caído 40%. Como o senhor vê tais alegações?

ZAFFARONI: O estado de São Paulo aumentou os presos em 79.000. Isso diminuiu em 79.000 o número de homicídios? Tinha São Paulo 79.000 homicidas soltos? Acho que não; os números não fecham. Ter homicidas nas cadeias está certo, mas usar os homicidas como pretexto para pôr na cadeia os piores e mais vulneráveis infelizes das nossas sociedades é outra coisa muito diferente.

Fonte: http://www.verbeat.org/blogs/cultcoolfreak/