A tecnologia é cada dia mais presente no cotidiano das Polícias Civil
e Militar no Brasil. A mais nova aquisição dos órgãos de segurança
paulista são óculos vindos de Israel que
possuem uma minicâmera acoplada. Ele filma as pessoas durante eventos e
envia informações em tempo real para uma base de dados que responde com
os dados criminais da pessoa identificada.
Outros equipamentos permitem, além da identificação de criminosos,
cruzar dados entre unidades policiais e interceptar ligações telefônicas
feitas de aparelhos públicos. Veja em detalhes como funcionam os óculos
e conheça outros recursos usados pelas polícias no combate ao crime.
Óculos da PM - A Polícia Militar de São Paulo deve
incorporar ao dia-a-dia de trabalho óculos de alto poder tecnológico.
Importados de Israel no começo do ano, onde auxiliam agentes no controle
de fronteiras, os óculos possuem uma minicâmera acoplada, que filma o
público e envia as informações em tempo real para um HD (Hard Disk) onde
está gravado o banco de dados da PM. Desta forma, o equipamento
identifica e avisa o policial sobre suspeitos, pessoas desaparecidas e
até veículos com irregularidades. A tecnologia promete mudar a abordagem
e revolucionar o trabalho da PM. Os óculos ainda estão em fase de teste
no Brasil.
Alpha - Sistema criado para possibilitar a
identificação de pessoas com a utilização do método de confronto de
impressões digitais, colhidas em qualquer unidade policial, com aquelas
arquivadas na base de dados do sistema.
Guardião - Sistema de interceptação telefônica
autorizada, interligado à rede de telefonia pública, que é acessada por
via digital para o Serviço Técnico de Monitoramento Legal de
Telecomunicações.
Phoenix - Sistema para reconhecimento de criminosos,
que integra os dados do RDO com bancos de dados de fotos, identidade,
impressão digital, voz e outras características físicas, como as
tatuagens. O sistema, que utiliza tecnologia de ponta, permite a
construção de retratos falados simultaneamente ao registro do boletim de
ocorrência.
Ômega - Dá suporte às investigações. Suas principais
funções são agilizar o trabalho de pesquisa a partir da reunião de
informações e fazer a identificação automática de relações entre
pessoas, veículos, armas e endereços. Está disponível para todos os
policiais civis onde há links de intranet.
Rádio Digital – Implantado em 2003, é um meio de
comunicação via rádio digital que permite a intercomunicação das
polícias Militar, Civil e da Superintendência da Polícia
Técnico-Científica e visa realizar operações conjuntas. Toda conversa
via rádio digital é criptografada e, portanto, não pode ser
interceptada. Além da voz, a via digital permite o fluxo de imagens e
dados. Somente em 2008, o investimento no projeto foi de R$ 21 milhões.
Sala de Situação - A Sala de Situação é um ambiente
onde a Polícia Civil coordena operações integradas no Estado de São
Paulo, com atualização de dados em tempo real. Todas as unidades
policiais do Estado têm condições de interagir com a Sala de Situação.
Em ambientes climatizados, o espaço possui equipamentos para
videoconferências, computadores com links de alta velocidade e ramais
Voip, que permitem a obtenção de dados como perfis de criminosos. O
sistema de comunicação nacionalmente integrado aumenta a capacidade de
investigação e dá sequência à obtenção de informações essenciais para o
combate ao crime.
Registro Digital de Ocorrências (RDO) - Foi
desenvolvido para informatizar o registro dos boletins de ocorrências
(BOs) e termos circunstanciados. Via intranet, as unidades policiais
padronizam suas rotinas e armazenam os boletins em um banco de dados, de
modo que eles sejam consultados no Infocrim.
Infocrim - Com o Infocrim, a polícia cria roteiros
para patrulhamento das áreas de maior criminalidade, despachando
viaturas e designando policiais para o local das ocorrências. O Infocrim
cruza dados dos boletins de ocorrência para a elaboração do mapa da
criminalidade.
Viaturas mais equipadas - Algumas viaturas funcionam
como uma espécie de central de inteligência e para isso estão equipadas
com palmtops (veículos pequenos) ou notebooks, além de rádios digitais.
Assim, no local da ocorrência o policial pode, por exemplo, pesquisar
um veículo, uma arma ou uma pessoa que está sendo abordada. É possível
também iniciar o registro da ocorrência, sem usar a voz, pelo sistema de
radiocomunicação digital.
Lanternas forenses - São três tipos de lanterna que
possibilitam o rastreamento de grandes áreas e permitem a visualização
de provas impossíveis de detectar a olho nu. Esse equipamento representa
um investimento de US$ 15 mil.
Cromatógrafo líquido de alto desempenho - Separa os
componentes de uma mistura. A partir dele é possível fazer análises de
entorpecentes e identificar medicamentos. Custa ao Estado cerca de R$ 1
milhão.
Tecnologia inédita - A Polícia Militar do Estado de
São Paulo assinou no dia 26 de abril um protocolo de intenções com uma
empresa de tecnologia para instalar a rede de transmissão de dados
conhecida como 4G, tecnologia inédita na América Latina. O grande
diferencial está na velocidade de comunicação e transmissão de dados
entre o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e os policiais na
rua.
As informações podem ser transmitidas imediatamente aos homens mais
próximos de ocorrência e a comunicação pode ser feita até por meio de
videoconferência. Será possível enviar vídeos, áudios e dados em geral
em segundos.
As viaturas que receberem a tecnologia também poderão acessar os
sistemas inteligentes da PM, como o Fotocrim e o Copom Online,
diretamente do computador de bordo do veículo. Será feito um teste de 90
dias e, se aprovada, a tecnologia será implantada em todo efetivo da
PM.
Fonte:ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/policia+usa+tecnologia+para+combater+o+crime/n1597095324505.html