quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Governo lança novo modelo de Identidade

Será lançado hoje (30/12), em Brasília, o Registro de Identidade Civil (RIC), o novo documento de identidade dos brasileiros, que deve substituir o atual RG. A carteira de identidade continuará válida pelo menos até que todos os cidadãos tenham sido recadastrados, segundo informações do Ministério da Justiça.

O novo documento conta com diversos mecanismos de segurança, além de um chip, onde estarão armazenadas as impressões digitais do titular e informações como sexo, nacionalidade, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, órgão emissor, local de expedição, data de expedição, data de validade do cartão e dados referentes a outros documentos, como título de eleitor e CPF.

Segundo o Ministério da Justiça, com o RIC, cada cidadão passa a ter um número único baseado em suas impressões digitais do Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil, que estará integrado com as bases de dados dos órgãos de identificação dos estados e do Distrito Federal.

As primeiras cidades a participarem do projeto piloto serão Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Hidrolândia (Goiás), Ilha de Itamaracá (Pernambuco), Nísia Floresta (Rio Grande do Norte) e Rio Sono (Tocantins). Nesta primeira etapa, 2 milhões de brasileiros serão selecionados para receber o RIC.

A implantação do RIC ocorrerá em um período de nove anos, com etapas graduais. Os cartões RIC emitidos em 2011 serão custeados pelo Ministério da Justiça e não terão custo para o cidadão ou para os institutos de identificação. O investimento no primeiro ano será de cerca de R$ 90 milhões. Para os próximos anos, o Comitê Gestor do RIC vai definir a origem dos recursos que vão custear as emissões, sendo possível, inclusive, parcerias público-privadas e financiamento internacional.

O lançamento acontece no Salão Negro do Palácio da Justiça, às 12h, e contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, do diretor do Instituto Nacional de Identificação, Marcos Elias de Araújo, do diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Renato da Silveira Martini, e do presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luiz Felipe Denucci, entre outras autoridades

Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/s/30122010/25/manchetes-governo-lanca-hoje-novo-documento.html

Micos Tecnológicos do Ano



Todo final de ano é a mesma coisa: listas e mais listas dos “10 melhores games”, “10 produtos mais inovadores”, “10 sites mais acessados”. Pois nem só de sucessos vive o mundo da tecnologia. Steve Jobs e companhia também pisaram na bola em 2010. Tem de tudo: “matadores de iPhone” que morreram em poucos meses, celular com problema de antena, rede social às moscas, bug de antivírus que fechou lojas e muito mais. Para quem não viu ou já apagou da memória, aqui vai uma lista de fatos que empresas como Apple, Microsoft e Google gostariam de esquecer:

Celular Kin: um grande fiasco da Microsoft

Depois de divulgar um lucro de 4,52 bilhões de dólares no segundo trimestre do ano, a Microsoft teve que engolir um grande sapo. Isso porque o Kin, smartphone voltado para redes sociais e lançado pela empresa em maio, gerou prejuízos de 240 milhões de dólares à companhia. O modelo, que tinha teclado apertado e poucos softwares, vendeu pouco mais de 9,7 mil unidades, durou apenas seis semanas nas prateleiras das lojas nos EUA e foi tirado de circulação, em um dos maiores fiascos da história da empresa.

Kin: smartphone para redes sociais durou pouco

Antena do iPhone 4
O iPhone 4 é um sucesso de vendas, com 13,5 milhões de equipamentos comercializados só no terceiro trimestre de 2010. Mas isso não livrou a Apple de passar por uma saia justíssima em 2010. Logo após o lançamento do iPhone 4 nos Estados Unidos, surgiram centenas de queixas na Internet de que o aparelho “perdia o sinal” quando segurado de uma determinada maneira. O caso virou motivo de piada. Tanto que um site criou a “iHand”, um acessório fictício que serviria para segurar da maneira correta o aparelho. E teve gente usando fita isolante para driblar a falha! A Apple admitiu que havia problemas com relação à “exibição do sinal captado” e anunciou a oferta de cases gratuitos como solução em vários países – mas os brasileiros não tiveram esse benefício...

iHand: mãozinha mecânica para segurar o iPhone 4

Google Buzz não decolou
Em fevereiro, a poderosa Google anunciou Buzz, sua ferramenta de mensagens integrada ao Gmail. Era para ser algo melhor que o Twitter. Com ela, os usuários poderiam compartilhar links de notícias, imagens, vídeos, mensagens e comentários. O recurso teve problemas com a privacidade dos usuários, revelando dados confidenciais, além de baixa aceitação. Resultado: fracassou.

Deu pau no antivírus!
Em abril, uma falha na atualização do antivírus da McAfee, enviada para administradores de redes, fez com que arquivos essenciais de computadores fossem colocados em quarentena e que máquinas com Windows XP entrassem em pane, com um processo de reboot (desligar e ligar) sem fim. O problema enfureceu usuários, que publicaram mensagens iradas na página da McAfee de suporte, além de tumultuar a vida de várias empresas. Na Austrália, uma rede de supermercados teve que fechar 14 unidades por conta da falha.

Problemas de privacidade no Facebook
Ok, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, é a “personalidade do ano” da Time, e seu serviço de rede social não para de crescer (já tem mais de 500 milhões de assinantes). Mas os problemas de privacidade enfrentados pelos usuários em 2010 foram tantos que geraram até ações na Justiça contra a empresa. O serviço foi acusado em várias oportunidades de não proteger as informações dos usuários. Os responsáveis pelo Facebook admitiram ter problemas e adotaram medidas para minimizar a questão. Será que a história vai se repetir em 2011?

Site do MEC vaza dados do Enem
Realmente, este não foi um ano bom nem para quem organiza, nem para quem precisou prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Além dos erros encontrados nas provas, o Ministério da Educação ainda teve que admitir um grande vazamento de dados de 11,7 milhões de estudantes que se inscreveram no exame, entre 2007 e 2009. Informações (que deveriam ser acessadas apenas com senha) como o nome do aluno, o número da inscrição, a carteira de identidade, o CPF e o nome completo da mãe do candidato ficaram expostas no site da entidade em agosto.

Ping não pega
A Google não foi a única empresa a criar uma rede social que quase ninguém usa. Apresentada por Steve Jobs em setembro como uma comunidade para quem gosta de música, a Ping chegou com um sistema pouco eficiente para achar amigos, restrita ao iTunes ou dispositivos com o sistema operacional da Apple. Resultado: muita gente nem sabe que ela existe.

Ping: rede social para amantes da música

Google Wave foi uma marolinha…
A ideia era ambiciosa: revolucionar a Internet, unificando várias plataformas, como e-mail, mensagens instantâneas e compartilhamento de arquivos. Mas a Google Wave, ferramenta para colaboração da Google lançada em maio de 2010 com barulho, não se transformou em uma onda (no máximo, uma marolinha…). Muita gente não entendia o que ela era ou muito menos o que fazer com essa ferramenta. Diante disso, restou à empresa admitir o fracasso e abortar o projeto poucos meses depois.

A baleia domina o Twitter
Todo mundo que usa com freqüência o Twitter, popular microblog, já viu a simpática mensagem que exibe uma baleia. Quando ela aparece, é sinal de que o sistema está com problemas. E em 2010 a baleia foi figura constante. Além de panes freqüentes que impediam os usuários de trocar mensagens, o serviço também permitiu a disseminação de vírus (duas vezes em uma única semana), infectando milhares de usuários.

Twitter: baleia e vírus

Courier, o breve
Previsto para a segunda metade do ano, o tablet Courier, da Microsoft, chegaria ao mercado para brigar com o iPad, da Apple. Teria medidas semelhantes às de um livro, duas telas de sete polegadas, câmera e conexão Wi-Fi, além de tela sensível ao toque. Mas, em abril, a companhia já enterrou o projeto. Agora a Microsoft trabalha em uma versão do sistema operacional para tablets que deve ser apresentada no começo de 2011.


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Eu Acuso


Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio.

Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!). A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”.

Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”.

A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”.

Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”.

Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;


EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;


EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;


EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;




EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;


EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;


EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;


EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,


EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;


EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.


EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;


EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;


Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.


Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.


A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima.


O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”


Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo.


Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.


Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor Universitário.

Fonte:http://policialbr.com/profiles/blogs/eu-acusovale-apena-ler?xg_source=msg_mes_network

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Caveirão baiano


Foi apresentado durante o Seminário de Segurança em Eventos Esportivos Internacionais, nesta segunda-feira (20/12), o Veículo blindado do batalhão de Choque, denominado de VAT - Veículo de Apoio Tático. A construção do VAT que contou com a colaboração de técnicos de diversas áreas de conhecimentoo automobilístico e de segurança pública, encontra-se em fase de teste experimental, devendo futuramente ser implementado laptop, interlink e câmeras do tipo webcam no projeto.


Com o objetivo de propiciar maior segurança em possíveis intervenções da Companhia de Operações Especiais do BPCHQ, durante o atendimento de ocorrências de alta complexidade, o veículo tático conta com sistema de blindagem da carroceria e pneus, tendo inclusive um pára-brisa retrátil de aço, capaz de suportar disparos de armas de alto poder de impacto. Ele é capaz de transportar até 11 (onze) policiais militares, dispondo de várias portinholas para disparo (seteiras), bem como portas de desembarques laterais e de uma torre de apoio, onde o atirador se coloca de pé, atrás do motorista.

O veículo que foi doado ao BPCHQ, por uma empresa de segurança privada, vai compor a frota da polícia baiana. O Secretário Ney Campello - SECOPA, e o Coronel da reserva Müller - representante da Nordeste, também falaram sobre a utilidade e o ganho que a PM terá com a disponibilidade desta nova ferramenta na Segurança Pública, que é o VAT.

“O protótipo do Veículo Tático Operacional deve ser uma ferramenta disposta pela PMBA na garantia da defesa dos cidadãos e dos nossos agentes públicos de segurança, utilizada excepcionalmente, sob rigorosos princípios técnicos e respeito às leis e a cidadania, em restrito atendimento a manutenção do estado de direito da sociedade baiana e brasileira”, afirmou o Tenente Coronel PM Couto, Comandante do Batalhão de Polícia de Choque.

No ambiente da caserna, o VAT já vem sendo chamado de Miseravão.


Fonte:http://www.pm.ba.gov.br/choque/acs/materias/materia_blindado/apresentacao_blindado.html

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Caixa Econômica lança Cartão Aluguel


Caixa Econômica Federal lançou nesta segunda-feira (20), em São Paulo, o Cartão Aluguel Caixa. O produto tem como objetivo proporcionar o pagamento de aluguel sem a necessidade de fiador ou garantia adicional.

O Cartão Aluguel Caixa será oferecido nas bandeiras MasterCard e Visa, na variante internacional, para pessoas físicas, locatários de imóveis residenciais. O cliente terá dois limites: o limite-aluguel, que será utilizado exclusivamente para pagamento do aluguel nas imobiliárias, e o limite rotativo, para pagamento de compras em estabelecimentos comerciais, como um cartão de crédito convencional.

O processo de locação por meio do Cartão Aluguel será realizado em uma das imobiliárias credenciadas pela Caixa, após a assinatura do contrato de aluguel pelo inquilino. O banco garante à imobiliária o recebimento de aluguéis não pagos, de até 12 parcelas.

O cartão será comercializado exclusivamente nas imobiliárias credenciadas, além da rede de agências do banco em todo o país. Nesta semana, a instituição inicia o cadastramento de imobiliárias especializadas na administração de imóveis para receber o cartão. A comercialização do produto em âmbito nacional ocorrerá após a fase de piloto, prevista para o próximo mês de fevereiro. Em 60 dias, o banco deve credenciar 300 imobiliárias.

A expectativa é distribuir 100 mil cartões no primeiro ano de funcionamento pleno do produto. O vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza, diz que, em cinco anos, a instituição pode atingir a marca de 1 milhão de cartões.

“A Caixa garantirá o pagamento das parcelas de aluguel, oferecendo ao inquilino a possibilidade de desburocratização no processo de locação ao eliminar a necessidade de outras garantias e o incômodo de solicitar fiadores entre amigos e familiares”, disse Lenza.

"A análise de risco será feita na venda do cartão e o risco será assumido pela Caixa. Assim, o locador poderá ficar mais tranquilo". A instituição financeira fará a cobrança mensalmente do aluguel.

O custo do cartão será de R$ 8 por mês. Caso o usuário ative a linha do aluguel, terá de pagar também uma taxa de manutenção de 6,67% ao mês. “Para garantir 12 meses de pagamento, o cliente pagará no total 0,8 do valor de um aluguel. Em média, no seguro fiança, ele paga de 1,3 a 1,5 do valor de um aluguel”, explicou.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2010/12/caixa-lanca-o-cartao-aluguel.html

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Chegou o Verão

Chegou o verão!

Luís Fernando Veríssimo

Verão também é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.

Verão é picolé de Kisuco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca.

Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis. Mas o principal ponto do verão é... a praia!

Ah, como é bela a praia.

Os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção.

Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias.

Os jovens de Jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas.

O melhor programa pra quem vai à praia é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estão chegando.

Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias.

Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia.

E as crianças? Ah, que gracinhas!

Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem.

As mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo.

Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como perfurar o poço pra fincar o cabo do guarda-sol. É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé.

Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar!

Aquela água tão cristalina, que dá pra ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo.

Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva.

Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa.

A gente abre a esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha.

Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor!

Mas, claro, tudo tem seu lado bom.

E à noite o sol vai embora.

Todo mundo volta pra casa tostado e vermelho como mortadela, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia pro próximo.

O Xampu acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde creme de barbear até desinfetante de privada.

As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa da praia oferece.

Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas.

O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família.

Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical...

CBF confirma E.C Bahia como Bi-campeão Brasileiro



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou nesta terça-feira (14/12) a unificação dos títulos brasileiros de 1959 a 1970. Tal decisão confirma o Bahia como primeiro clube a conquistar um Brasileirão, além de ser reconhecido oficialmente como bicampeão brasileiro. A informação foi dada nesta segunda-feira, 13, no Jornal Nacional, da TV Globo.

Time campeão em 1959

O tricolor conquistou a Taça Brasil de 1959 após três duelos contra o Santos de Pelé. Em outras duas decisões, em 1961 e 1963, o time baiano decidiu o título, mas não conseguiu superar o Peixe e terminou na segunda colocação.

A mudança de critérios da CBF era um pedido de seis equipes do futebol nacional: Bahia, Santos, Palmeiras, Fluminense, Botafogo e Cruzeiro. Com a confirmação, Santos e Palmeiras são os maiores vencedores da Série A, com oito títulos cada, superando São Paulo e Flamengo, que somam seis conquistas.

Com essa mudança, o Santos, que atualmente conta com dois títulos brasileiros, passará a ter oito conquistas (Taça Brasil de 1961 a 1965 e Roberto Gomes Pedrosa de 1968). O Palmeiras irá dobrar os atuais quatro troféus nacionais, já que também venceu torneios em 1960, 1967 (duas conquistas) e 1969.

Não são apenas os dois times paulistas, no entanto, que serão beneficiados com a decisão da CBF. Com a decisão, Cruzeiro, Botafogo e Fluminense também passam a contar com um título a mais do que atualmente.

Outra mudança histórica está no primeiro campeão da história do país. O Atlético-MG, que venceu a edição do Campeonato Brasileiro de 1971, perde esse posto para o Bahia, que venceu a Taça Brasil em 1959.

O trabalho de unificação dos títulos foi liderado pelo historiador Odir Cunha, ligado à diretoria do Santos. Após resgatar matérias da época, o profissional elaborou um detalhado dossiê. Com isso, ganhou o apoio dos presidentes de Palmeiras, Cruzeiro, Bahia, Botafogo e Fluminense, que se juntaram para pressionar a CBF.

Em novembro, a CBF já havia dado indícios de que poderia acatar o pedido dos clubes. Após encontro com o presidente Ricardo Teixeira, lideranças dos clubes ouviram um parecer otimista do homem que comanda o futebol brasileiro.

"Mandaremos fazer uma análise em cada um dos setores, como o setor técnico, para ver a possibilidade de legalidade dessa iniciativa, que a princípio é factível", afirmou Teixeira, na época do encontro.

Veja os campeões de 1959 a 1970

Taça Brasil
1959 – Bahia
1960 – Palmeiras
1961 – Santos
1962 – Santos
1963 – Santos
1964 – Santos
1965 – Santos
1966 – Cruzeiro
1967 – Palmeiras
1968 – Botafogo

Torneio Roberto Gomes Pedrosa / Taça de Prata
1967 – Palmeiras
1968 – Santos
1969 – Palmeiras
1970 – Fluminense

CAMPEÕES BRASILEIROS APÓS A UNIFICAÇÃO

8

títulos

Palmeiras Santos

6

títulos*

Flamengo* São Paulo

4

títulos

Corinthians Vasco

3

títulos

Fluminense Inter

2

títulos

Bahia Botafogo Cruzeiro Grêmio

1

título*

Atlético-MG Atlético-PR Coritiba Guarani Sport*

*A CBF considera o Sport campeão de 1987, já que o Flamengo se recusou ao cruzamento dos dois módulos; o UOL considera os dois times campeões daquele ano.

Fonte: http://www.dihitt.com.br/barra/cbf-confirma-esporte-clube-bahia-e-primeiro-campeao-brasileiro

http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2010/12/13/cbf-unifica-titulos-e-santos-e-palmeiras-se-tornam-os-maiores-campeoes-brasileiros.jhtm

domingo, 12 de dezembro de 2010

EUA utilizam arma inteligente no Afeganistão

As forças armadas dos EUA revelaram uma nova arma de fogo, com a esperança de que ela possa ajudar a derrubar o Talibã. O nome do artefato é XM-25, e foi descrito pelo exército americano como uma forma de virar o jogo no palco da guerra no Afeganistão.

De acordo com matéria de Dan Whitworth, no site "BBC Radio /Newsbeat", o XM-25 usa um sistema de guia a raio laser e munição altamente explosiva de 25mm, que pode ser programada para detonar quase exatamente sobre um alvo. É o primeiro dispositivo bélico de pequeno porte a utilizar essa tecnologia.

Para operar a nova arma, o soldado encontra o alvo e dispara o laser contra ele, o que lhe dá a distância. Em seguida, ele ajusta o ponto da explosão, arma o tiro e aperta o gatilho. Assim, por exemplo, se a distância até o alvo foi calculada como de 523m, o soldado poderá ajustar o ponto de explosão da munição para um, dois ou três metros, antes ou depois do alvo.

O equipamento já está em uso por soldados americanos no Afeganistão. É ideal para atingir oponentes que estejam se escondendo atrás de paredes, muros ou em trincheiras, sem a necessidade de envolver recursos adicionais, como um ataque aéreo. A arma poderá ser também utilizada por forças especiais britânicas.

80 anos de Silvio Santos

Silvio Santos: 80 anos de idade e quase 50 de TV

Neste domingo, 12, o empresário e comunicador Silvio Santos completa 80 anos de idade. Um dos maiores ícones da TV brasileira, Silvio Santos vai comemorar o aniversário com a família em sua casa na Florida (EUA).

Filho de mãe turca e pai grego, Senor Abravanel, nome de batismo de Silvio, começou sua trajetória como camelô na cidade do Rio de Janeiro.

Atualmente, o fundador do SBT tem enfrentando uma grave crise com uma das empresas de seu grupo. Silvio Santos deu como garantia todo o seu patrimônio para tentar cobrir o rombo de R$ 2,5 bilhões causado pela quebra do Banco Panamericano.

Mesmo com a crise, o apresentador continua gravando seus programas de televisão normalmente.



Fonte: correio da Bahia

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Existe Homicídio sem corpo da vítima ?


Caso o corpo de Eliza Samudio não seja encontrado é possível, mesmo assim, haver indiciamento dos suspeitos? É possível dar início ao processo (contra eles)? É possível haver pronúncia? (ou seja: o caso ser remetido ao julgamento do tribunal do júri). É possível que haja condenação final, pelos jurados, mesmo não sendo encontrado o corpo da vítima? Há homicídio sem o corpo da vítima?

Em regra (normalmente) nada disso é possível sem o encontro do corpo da vítima. Em regra. Excepcionalmente sim (tudo isso é possível). Quando? Quando as provas indiretas (testemunhais) sobre a morte da vítima (sobre o corpo de delito), somadas eventualmente com as provas indiciárias, forem indiscutivelmente convincentes.

São muitos os casos rumorosos no Brasil, nesse campo (não encontro do corpo da vítima). Um deles aconteceu no Rio de Janeiro, no início da década de 60 (século XX). O corpo desta vítima nunca apareceu. Ela havia acabado de se separar do embaixador brasileiro Manuel de Teffé Von Hoonholtza. Numa viagem com o advogado Leopoldo Heitor ela desapareceu. O advogado diz que ela foi sequestrada após um assalto. A suspeita pelo desaparecimento recaiu sobre ele. Ele foi julgado pelo tribunal do júri. Foi condenado num primeiro julgamento e absolvido no segundo. Cuida-se do caso Dana de Teffé (desaparecida desde o fatídico dia em que viajava com um advogado). O corpo nunca apareceu. O suspeito foi absolvido.

Há um outro caso também bastante famoso. Na comarca de Araguari-MG, dois irmãos (irmãos Naves) foram condenados injustamente por uma morte que não existiu. Quinze anos depois da condenação a vítima reapareceu. Nessa altura um deles já havia morrido dentro da prisão. Naquele episódio, ocorrido no ano de 1937, tal como esclarece Hélio Nishiyama, os irmãos Naves chegaram a ser absolvidos duas vezes pelo Tribunal do Júri, porém, após recurso da acusação, foram condenados a pena de 25 anos e 06 meses de reclusão pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (naquela época, o veredicto dos jurados não era soberano).

Há outros casos (um PM no Distrito Federal e um juiz de direito em SP, por exemplo) em que os jurados ou juízes, mesmo sem o corpo da vítima, condenaram o réu.

Nosso Código de Processo Penal (art. 167) admite a prova indireta (testemunhal) quando o corpo da vítima desaparece. Por que existe essa regra processual? Para evitar a impunidade. Se essa regra não existisse bastaria matar a vítima e fazer desaparecer o seu corpo (para se garantir a impunidade). A doutrina avaliza esse direcionamento legal (Avena, Aury Lopes Júnior, Nucci, Tucci etc.). A jurisprudência também: STJ, HC 110.642, j. 19.03.2009; STJ, HC 79.735, j. 13.11.2007; STJ, HC 51.364, j. 04.05.2006; STJ, HC 39.778, j. 05.05.2005; STJ, HC 30.471, j. 22.03.2005; STJ, HC 23.898, j. 21.11.2002.

Sintetizando: a comprovação da morte da vítima (que constitui a materialidade da infração) exige prova direta (perícia do próprio corpo). Essa é a regra. Excepcionalmente, para suprir-lhe a falta (em virtude do desaparecimento dos vestígios), a lei processual admite a prova indireta (testemunhal). Um terceiro meio probatório sozinho, isolado (outros indícios da morte: sangue, cabelo da vítima etc.), a lei não prevê. Mas junto com a prova indireta (testemunhal) pode ser que vários outros indícios sejam encontrados (e provados). Nesse caso, tais indícios reforçam a prova indireta. Esse conjunto probatório indireto + indiciário pode alcançar o patamar de uma convicção que afasta todo tipo de dúvida. Isso pode gerar condenação.

A cultura jurídica anglosaxônica e norte-americana cunhou a expressão "beyond all reasonable daudt" (para além de toda dúvida razoável). Esse é o patamar que deve ser alcançado para que se afaste a presunção de inocência (do acusado). O jogo processual (futebolisticamente falando) começa 1 x 0 para o acusado (em virtude da presunção da inocência). Somente provas válidas e convincentes derrubam esse placar. Ademais, não bastam provas que deixam dúvida. No caso de dúvida o jogo probatório fica empatado (1 x 1). E a dúvida favorece o réu (in dúbio pro reo). Para se afastar definitivamente a dúvida a prova necessita transmitir convicção razoável (ou seja: a prova precisa expressar uma convicção "beyond all reasonable daudt" - para além de toda dúvida razoável).

O dilema é o seguinte: se o desaparecimento do corpo da vítima nunca permitisse condenação, estaria garantida a impunidade (ocultando-se o cadáver). Mas condenar sem o corpo da vítima pode levar a mais um crasso erro judicial (caso dos irmãos Naves). Nem impunidade, nem erro judicial. Os extremos devem ser evitados. Mas todo cuidado é necessário.

Como podemos evitar as posições extremadas? Colhendo muitas provas técnicas. Isso é tarefa da polícia científica (que está sucateada no Brasil, em geral). No caso Eliza, por exemplo, já existem provas testemunhais (embora dúbias). Também já existiriam alguns indícios (a vítima teria passado no sítio de Bruno, teria sido levada para uma outra casa onde teria sido executada etc.). Que se pode fazer mais? Provas periciais. Luzes e reagentes (luminol, por exemplo) podem descobrir manchas de sangue (não visíveis). Testes de DNA. Provas dos registros telefônicos (não se trata da interceptação telefônica). Manchas de sangue nos carros. Uso de luzes forenses para a descoberta de pelos, cabelos, fibras de roupas, impressões digitais etc. etc.

Uma coisa é certa: se as provas técnicas não foram obtidas validamente ou se elas não forem convincentes, o resultado natural do jogo processual é a absolvição (porque in dubio pro reo). Menos declarações espalhafatosas, menos grotescos espetáculos midiáticos e mais polícia científica: esse é o caminho do justo e do razoável! Fora disso, só vamos ver mais exploração da paixão popularesca vingativa (da qual a mídia, em geral, entende bastante).


Autor: Luiz Flávio Gomes


Doutor em Direito penal pela Universidade Complutense de Madri. Mestre em Direito Penal pela USP. Diretor-Presidente da Rede de Ensino LFG. Co-coordenador dos cursos de pós-graduação da Rede de Ensino LFG. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).

Fonte: Jus Navigandi